30 de janeiro de 2009

Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes

3 comentários:

Mafê Probst disse...

Esse poema é perfeito, diz tudo!

E que canto fofo esse teu!
beijos

Vinicius disse...

Amo esse poema do Vinicius de Moraes. Gostei do seu blog. Muito bonito. Vou fuçar os posts, tá? :)

Abraço,

R.Vinicius

Mari disse...

Aii que lindo eu adoro os poemas dele tbm mas esse eu nunca tinha visto!! Lindo demaiis ! que mara seu blog!! Paassa no meu espero que vc goste!!
Bjinhuuus

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