14 de janeiro de 2010

e mesmo longe, eu não deixei de te amar..


Sentimos saudades quando temos algo, e perdemos. Quando podemos abraçar alguém, e logo depois ela está a uma enorme distância. Quando amamos alguém, e perdemos essa pessoa, ou ela se distancia. É, isso é saudade! E talvez não pareça, mas isso dói. Dói, e arde. É uma ferida. Não fisicamente.. Essa ferida que sinto, eu traduzo como se faltasse um pedaço de mim, espiritualmente. E ninguém, nunca vai conseguir preencher esse pedaço. Meu vovô.. Que saudades eu sinto. Que dor eu sinto a lembrar daquela ligação que ninguém, nunca quer receber:

"- Alô.. pode falar.. (conversa no telefone)
ela olha pra mim com uma cara de angustia, de não saber o que fazer..
- O vô faleceu hoje cedo."

Isso dói mais que uma unha quebrada, um chute, uma facada.. Dói, de arder no fundo da alma. E depois desse dia, nada parece ser igual. E não é igual, realmente. Eu me lembro que no dia do falecimento do meu avô, demorou demais pra cair a ficha.. Não derramei uma única lágrima, é como se eu tivesse em estado de estase. E aliás, queria me manter forte perto da minha vó, das minhas tias, da minha mãe.. Mas quando você vê uma pessoa que passou anos da sua vida ao seu lado, ali, deitado.. Sem vida. Dá vontade de gritar, até a garganta doer.. Mas me mantive forte, tentando segurar toda essa dor. E depois, quando os dias vão passando. Você aprende a se acostumar.. Se acostuma a condição de ter, e perder. De ter perto, e agora está tão longe. De amar, E CONTINUAR AMANDO ATÉ O FIM, MESMO SENDO DIFERENTE AGORA. Será que se eu tivesse mais um dia ao seu lado, seria diferente? Eu tentaria fazer diferente, concerteza.. Lembraria a você o quanto você é especial, e o quanto eu o amo, que você vai tá sempre no meu coração. Meu vôzinho.. Eu te amo demais, meu pai, meu amigo, meu anjo, meu avô!
(texto de algum lugar..)

três anos sem você aqui :/ mas obrigada por permanecer cada segundo, cada minuto, cada dia, cada momento no meu coração!
por mais longe que você está, sei que vai estar sempre por perto, onde quer que eu esteja!

5 comentários:

@Hey_Debs disse...

*----*

Jeannie Maria disse...

Quando meu avô [que era bem um pai pra mim] se partiu, eu lembro de não ter arredado o pé do lado do caixão, é impossível contar quantos beijos eu dei na testa dele. Mas não chorei.
Quando no sepultamento em que percebi que não iria abraça-lo nunca mais, me bateu um desespero tão grande que meus pais, pra evitar mais comoção, me trancaram no carro...
Eu lembro de ver cada hora passar até hoje!

Daniela Filipini disse...

Eu não sei tão bem o que é sentir isso, mas já passei por tal situação e acredito que foi melhor assim, melhor do que vê-lo sofrer.

Camilla Angelo disse...

O que eu acho? Que o seu blog é simplesmente incrível assim como a dona dele! bjo *.*

Fernanda disse...

"E depois, quando os dias vão passando. Você aprende a se acostumar.. Se acostuma a condição de ter, e perder. De ter perto, e agora está tão longe. De amar, E CONTINUAR AMANDO ATÉ O FIM, MESMO SENDO DIFERENTE AGORA."

sei muito bem como é essa sensação, mas não com um avô, com um pai.

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